Voltar à rotina não é fácil
Está dificil de voltar à rotina. É algo que tenho de assumir para mim e na verdade para quem me segue, porque sei que as minhas partilhas honestas vos inspiram a procurar uma vida mais equilibrada e neste jogo do equilíbrio há alturas em que não é fácil mantê-lo.
E por isso decidi mesmo assumir que não está a ser fácil para mim voltar a ter um foco
Assumir que desde o verão que ando meio a procrastinar seja com o Crossfit (que parei por estar cansada) seja com o Yoga, assumir acima de tudo que entrei numa espiral de preguiça e de “fica para a semana ” no qual eu não gosto de me ver metida, porque sei por experiência própria que este deixa andar inevitavelmente acaba por levar a outras coisas que não são boas para mim.
E sim, eu sei que não há nada de errado em parar de treinar quando achamos que precisamos de uma pausa, eu sou super a favor disso e foi o que fiz no verão quando senti que estava cansada do Crossfit, mas isto que vos falo já não é um estar cansada, é efectivamente estar a entrar no mundo das desculpas para não tirar aquela hora para cuidar de mim.
Porque no fundo acaba por ser muito isto sabem, mais do que ter um corpo bonito
Eu sei que aquela hora de manhã que escolho, seja para treinar seja para ir à escola praticar Yoga, é o meu momento de self-care, é o momento em que eu me escolho por inteiro, e tal como escrevi por aqui há uns meses, sermos saudáveis, comermos de forma equilibrada e mantermos uma vida activa é tudo uma questão de escolhas e o nosso corpo representa-as, ora eu, sem dúvida nenhuma que me tenho escolhido muito pouco nos últimos meses.
E podia culpar a falta de tempo, o ter estado embrenhada em tornar a Cristais da Alma um projecto com valor, ou os 2 cursos que estou a fazer que me ocupam muito tempo, mas a verdade é que se misturar a falta de gestão e planeamento que comecei a sofrer desde o verão com o deixar instalar-se em mim uma atitude de “para a semana logo começo” fez com que a coisa realmente se tornasse maior.
É óbvio que não é o fim do mundo, mas é efectivamente algo que abala o meu mundo interior
Porque eu conheço-me e sei que quando me entrego a este “deixa andar”, acabo por ceder mais facilmente a compulsões, acabo por andar mais ansiosa porque me culpo e acabo por andar também mais stressada. E nada disto é de alguém que não consegue estar 2 dias sem treinar, porque acreditem eu consigo, nada disto é de alguém que vive obcecada com a imagem corporal, isto é simplesmente de alguém que teve uma doença durante muitos anos e que se conhece muito bem, isto é de alguém que sabe que se sente emocionalmente mais estável quando consegue dedicar-se a si 1hora por dia e isto é de alguém que tal como tu às vezes também entra na espiral do “para a semana logo começo”.
E ao escrever isto, ao admitir perante ti que me lês que também eu às vezes me deixo levar pela preguiça, quero que entendas uma coisa e assumas outra: entendas que estas coisas acontecem, que apesar de eu adorar treinar e querer partilhar contigo uma vida saudável, às vezes ainda deslizo e que assumas comigo que as desculpas são as nossas piores inimigas, por isso mais do que desculpas, o que eu e tu precisamos é de nos voltarmos a escolher, voltarmos a escolher mover o corpo por amor, voltarmos a escolher comer por amor, voltarmos a escolher-nos por inteiro.
Eu comecei já hoje ao voltar ao meu Yoga e tu o que vais escolher fazer por ti?
Andreia Pereira
Compreendo muito bem do que falas Vânia, também eu \”comedora compulsiva\”. Nos dias em que sinto que falhei, que não fiz o que tinha decidido, quer seja em relação ao exercício físico, ao yoga ou mesmo a outros compromissos ou metas que defini para mim, a minha vingança é a comida. Levei tempo a perceber o que originava as minhas compulsões,e só com a ajuda do coaching consegui lá chegar. Sempre que me sentia culpada por não fazer algo que tinha definido, lá ia tudo o que havia em casa e no frigorífico. Que todos os dias consigamos ser mais tolerantes connosco ! Beijinhos e obrigada pela partilha
vânia duarte
Andreia Pereiraeu é que agradeço leres-me. Obrigada pela tua partilha, caminhamos juntas.