Regressei à Nutricionista
Quarta-feira passada foi dia de ter a segunda consulta com a nutricionista que me está a acompanhar depois de eu ter assumido que as compulsões tinham voltado e que precisava de ajuda. Depois do que aconteceu com o Pablo o meu mood não era o mais espectacular, mas uma vez que já tinha confirmado na semana anterior decidi que ia lá e neste caso a vantagem de ter um acompanhamento presencial para mim serve como uma forma de me policiar melhor.
Eu já aqui tinha escrito que tinha feito um mês que não tinha compulsões e isso para mim foi uma grande vitória.
Fui seguindo o plano tranquilamente, nunca me senti com fome e acima de tudo nunca me senti ansiosa se tivesse algum jantar ou petisco com amigos por isso os dias e semanas foram passando e eu nem dei muito por isso.
[irp posts=”1118″ name=”Um mês”]
Cheguei à consulta e a primeira coisa que ela me perguntou foi como tinha corrido o mês relativamente às compulsões, eu respondi que tinha tido um mês tranquilo nesse assunto e a alegria dela foi contagiante, porque mais do que eu ter cumprido o plano ou ter tido resultados visíveis o importante ali era perceber como estava a minha parte psicológica com este assunto. Eu expliquei que apesar de ter corrido bem, sinto que ainda tenho de racionalizar muito as minhas decisões e que não era uma coisa natural para mim pensar “não vou comer isto porque não preciso”, ela disse que isso fazia parte do processo e que falhar também por isso, caso acontecesse um deslize eu deveria encarar isso como um pequeno desvio, regressar ao caminho e não me torturar com essa situação entrando numa onda de perdido por 100 perdido por 1000.
De seguida pesou-me numa balança normal
O peso estava um pouco mais baixo (cerca de 1.8kg a menos) mas como eu não ligo muito a isso ela perguntou-me se eu notava diferenças.
Expliquei-lhe que ao longo deste mês e meio eu não me tinha pesado nem medido, parecia-me que a a roupa estava mais folgada mas sinceramente não andava muito preocupada com isso, ela começou a fazer a minha avaliação corporal, não por bioimpedância mas sim avaliação antropométrica, – dizem os entendidos no assunto que este sistema de pregas é o mais confiável para medir composição corporal, mas deve ser feito sempre pelo mesmo profissional e repetido sempre 2-3 vezes por causa da margem de erro e por isso há muito poucos locais que usam este sistema.
Ela mediu tudo e o resultado foi muito melhor do que eu alguma vez estaria à espera: perda de 1.3% de massa gorda, perda de 6 cms na zona abdominal, 2 cms na cintura e meio cm na anca, que ela me explicou que sendo a minha zona mais problemática onde acumulo mais gordura e faço mais retenção de líquidos é a zona mais difícil de responder.
Mas foi a análise da medição por adipómetro que mais me surpreendeu
porque no meu tórax e nas pernas por exemplo houve zonas em que cheguei a perder 2 cms de espessura e isto é excelente. Analisou também todas as análises que me tinha pedido, percebeu que eu não tinha nenhuma carência a nível vitaminico e por isso não me passou nenhum suplemento, falei a semana passada aqui sobre a importância de escolher um bom profissional que nos peça para fazer análises para poder avaliar o nosso estado antes de prescrever qualquer tipo de suplemento.
[irp posts=”11021″ name=”Se amas o teu corpo, procura o melhor para ti”]
As análises mostraram que tenho um colesterol maravilhoso, uma tiróide óptima mas que estou com alguns valores elevados entre eles o ácido úrico o que não é bom, por isso foram-me retirados o atum, o salmão e as leguminosas por um certo período, ou seja mais uma vez fazer análises foi muito importante para perceber isto. Outra coisa que está baixa é o meu estrogénio que entre muitas coisas, quando está em défice faz com que se tenha mais dificuldade em perder massa gorda.
Acabei também por perder um pouco de massa magra e por causa do resultado das análises e do facto de haverem duas opções de lanche que eu não adorava, houve alteração do plano, fizemos tudo em conjunto, falámos mais um pouco sobre a minha parte psicológica e o medo que eu tenho em falhar e deitar tudo a perder, especialmente agora depois de ter visto estes bons resultados.
[irp posts=”1123″ name=”Um refúgio para a ansiedade”]
Porque a verdade é que, ver o corpo a responder de forma positiva é bom
Mas por outro lado ela tinha medo que isso me provocasse ansiedade em não falhar uma única vez para que na próxima consulta continue a ser tudo perfeito. O que ela me transmitiu é que nem sempre vai ser assim, que nem sempre os resultados vão ser óptimos, e que eu terei de aprender a lidar com isso da melhor forma possível, e sempre que sentir que estou a entrar num buraco negro ela estaria disponível para me ouvir e aconselhar.
E é isto que um nutricoach faz, não só te guia na alimentação, não só te cria um plano que vá de encontro ao que os dois traçaram como objectivos, mas fala contigo, ouve-te e ajuda a trabalhar o teu psicológico, no fundo é uma espécie de terapeuta alimentar, que foi o que mais precisei na altura em que assumi que não estava a lidar bem com todo este mundo fitness. Porque como já disse anteriormente não há vergonha em assumir que precisamos de ajuda.
Tenho mais um mês e meio pelo frente até à próxima consulta, e estando eu numa fase delicada da minha vida, a conviver com um luto muito doloroso, acredito que tenha aqui uma grande prova pela frente. Mas eu vou seguir de cabeça levantada.
T.
Olá Vânia!
Antes de mais, quero dizer-te que te acompanho quase desde a criação deste blogue pelo que tem assistido a toda a tua história com os problemas alimentares (se assim podemos dizer). Eu própria também tenho, parecido com os teus. Penso que fizeste muito bem em ir à nutricionista e agora é pensar dia a dia e tentar colocar nessa cabeça que a perfeição não existe e que o mundo não acaba se nós comermos mais um pouco (também tento meter isto na cabeça). Agora vou acompanhar-te mais presente 😉
lollytasteblogvania
T.olá 🙂 não sei como mas só agora reparei no teu comentário, peço por isso desculpa 🙂
Tens toda a razão quando dizes que o importante é mesmo aceitar que o mundo não acaba se comermos mais um pouco, a parte psicológica é sempre mais dificil de gerir mas aos poucos eu chego lá 🙂
beijinhos
lollytasteblogvania
T.olá 🙂 não sei como mas só agora reparei no teu comentário, peço por isso desculpa 🙂
Tens toda a razão quando dizes que o importante é mesmo aceitar que o mundo não acaba se comermos mais um pouco, a parte psicológica é sempre mais dificil de gerir mas aos poucos eu chego lá 🙂
beijinhos