7 coisas que mudaram com o Whole45
Dá para acreditar que se passaram 45 dias desde o início do meu whole45? Bem na verdade, o último dia oficial é amanhã, mas decidi trazer-vos este post já hoje, para quem sabe não vos motivar a começarem este desafio.
Foi no dia 23 de Julho que tudo começou, assim sem pensar grande coisa no assunto. Li o livro Detox Paleo numa manhã e decidi que queria fazer os 30 dias de Whole. Criei a minha ementa para a semana, fui às compras e na segunda-feira seguinte tudo começou. A verdade é que eu nunca tive dúvidas se iria conseguir fazer isto ou não, porque para mim nunca foi uma coisa de restringir alimentos, mas sim de descobrir uma alimentação mais natural, livre de processados e de alimentos inflamatórios, portanto nunca houve dúvidas se deveria ou não continuar com isto (especialmente na segunda semana onde tive a ressaca do açúcar).
Muitas pessoas têm falado comigo sobre o whole45
E as perguntas são quase sempre as mesmas – como vou viver sem aquela coisa que tanto gosto?Aquilo que sinto é que as pessoas focam-se demasiado naquilo que não vão poder comer e pouco naquilo que vão ganhar ao descobrir novas formas de cozinhar e de serem criativas na cozinha. O whole 30 é muito versátil, tem tantas opções, que em nenhum momento eu me senti em dieta ou em restrição, muito pelo contrário, foi provavelmente das vezes onde experimentei mais alimentos variados, mais legumes e verduras, e acima de tudo permitiu-me estar realmente conectada ao meu corpo. E tanto adorei o whole 30, que estiquei mais 15 dias e aquilo que sinto é que deixei de encarar que estava em whole45 e a sentir que é este tipo de alimentação que quero para a minha vida sempre.
Muita coisa mudou desde o dia 23 de Julho, e abaixo vou trazer-vos as 7 coisas que mais mudaram com o whole45, esperando motivar-vos a começar este desafio de mudança e conexão alimentar.
1 – Descobri que até gosto de cozinhar
No primeiro post que escrevi sobre este desafio, eu disse-vos que uma das razões que me levou a fazer o Whole 30, era levar-me a cozinhar mais, porque era algo que eu não adorava. Ora ao começar este desafio, eu queria tomar as rédeas da cozinha, colocar a minha energia e amor na minha comida, para que esta mudança não fosse somente após a comida estar no meu corpo mas desde o início da sua preparação e caramba se isto não foi maravilhoso. Cozinhei imenso, criei pratos deliciosos que me deram imenso gosto a preparar e acima de tudo percebi que quando estou realmente dedicada à cozinha até tenho bastante jeito para a coisa.
2 – Nunca mais vou viver sem planeamento semanal
No início do ano fiz um workshop com a Vânia do Made By Choices sobre refeições para a semana e ela entregou-nos um planeamento semanal para podermos organizar a nossa semana. Ora eu achei aquilo incrível, mas cheguei a casa e arrumei a folha. Passados 6 meses fui resgatar o planeamento e decidi que se queria fazer o whole como deve ser tinha de me organizar com as refeições e com as compras. Assim sendo desde o início que comecei a criar o meu planeamento semanal e a cozinhar baseado naquilo que tinha escrito. E isto meus amigos é incrível. Posso dizer-vos que o desperdício alimentar reduziu imenso cá em casa, as compras que fazia ao fim-de-semana passaram a ser somente para as refeições dessa semana, logo nada se estragava no frigorifico, e acima de tudo senti que ao longo destes 45 dias tive uma alimentação super variada e completa. Por tudo isto, nunca mais vou prescindir do planeamento semanal.
3 – A minha energia está renovada
Não vos consigo explicar muito bem isto, mas o que sinto em que tenho pilhas novas. Durmo muito bem, acordo de manhã a sentir que realmente descansei e isto reflecte-se durante o meu dia, especialmente nos meus treinos. Agosto foi um mês onde eu bati muitos records pessoais a nível de treino, fosse em pesos ou em movimentos que consegui fazer e foi também um mês onde treinei bastante e senti que o meu corpo recuperou muito mais rápido. Sentir toda este energia foi fundamental para me manter motivada e acima de tudo para sentir que realmente a alimentação é mesmo muito importante nisto de querer superar objectivos.
4 – A minha pele da cara está muito menos oleosa
São várias as pessoas que falam sobre as mudanças positivas na pele e eu não fui excepção. A minha pele na cara sempre foi muito oleosa, especialmente na zona da testa e com a retirada de uma série de alimentos inflamatórios nomeadamente o açúcar, a minha pele está com muito melhor aspecto e isto foi das coisas que comecei a notar bastante diferença logo na terceira semana.
5 – Podemos fazer escolhas conscientes em qualquer lado
Para mim não faz sentido nenhum deixar de ter vida social para se dar início a uma dieta ou a um desafio alimentar. A vida social é fundamental para mantermos uma mente sã, e uma mente sã é fundamental para não nos atirarmos feitas loucas ao primeiro pacote de bolachas que nos aparecer à frente. Logo a mim, sempre me fez confusão, pessoas que entram em dieta e deixam de ir jantar fora, de lanchar com amigos e de seguir a sua vida normalmente (e sim eu já fui esta pessoa).
Ora estar em whole30 para mim, nunca seria possível se tivesse de prescindir da minha vida social, por isso jantei e almocei muitas vezes fora, fui a um aniversário e eu eu própria fiz anos e estive 3 dias fora de casa a desfrutar de um hotel maravilhoso na Covilhã. E em nenhum destes momentos senti-me sem opções por estar em whole 30. Peixe, ovos, vegetais, batata doce, água e chás, muitos legumes, azeitonas e fruta, são tantas as opções à disposição, seja em restaurantes seja em hotel, que é impossível arranjar desculpas. E isto tanto vale para quem está em whole 30 como para quem não está.
6 – Adeus inchaço. Olá intestinos funcionais.
Esta foi a maior razão que me levou a fazer o whole 30. Eu estava com um inchaço muito grande na zona abdominal que me provocava muitas dores de barriga e estava também com muita prisão de ventre. Antes de começar o whole 30 eu andava a abusar muito das leguminosas, pois como disse antes eu adoro e por mim comia todos os dias a todas as refeições. Mas tudo o que é em excesso é mau, e eu queria perceber se as leguminosas em excesso me estavam a provocar todo este mal estar e assim foi. Ao final da primeira semana o inchaço começou a diminuir, mas foi na terceira que realmente senti a maior diferença e isto deixou-me mesmo feliz. Quanto aos intestinos, meus amigos isto é provavelmente das maiores conquistas que consegui com este desafio, porque desde o final da primeira semana que passei a ser a pessoa mais regular do mundo e sempre à mesma hora.
7 – O meu corpo mudou
Eu sei que esta era provavelmente a maior curiosidade que quem seguiu esta minha jornada tinha. Saber se realmente o meu corpo tinha mudado. E eu deixei isto para o fim propositadamente, porque o Whole30 não é uma dieta para se perder peso, é um programa alimentar para te ajudar a ter uma melhor relação com a comida e ensinar-te a ouvir os sintomas do teu corpo. Se o meu corpo mudou? Sim, bastante, mas esse nunca foi o meu foco, aliás quando terminei os 30 dias e decidi continuar eu sentia que o meu corpo estava diferente e estava com receio de ter perdido muito peso. Porque esse nunca foi o meu objectivo portanto tinha medo que algures pelo meio a minha massa muscular tivesse sido afectada. Mas não foi o que aconteceu, o meu corpo teve algumas mudanças e eu sinto-me bastante mais forte.
Como eu ligo pouco ao número da balança, o que fiz para além de me pesar foi tirar as minhas medidas todas (de resto é sempre assim que vejo a minha evolução, através de medidas). Ora no dia em que comecei este desafio (23 de Julho) tirei todas estas notas e depois só o voltei a fazer hoje de manhã, e esta é uma regra que deve mesmo ser seguida, não subir à balança e não tirar medidas enquanto se está no programa, para não se criar demasiadas expectativas e acima de tudo porque esta não é a base do whole30. O corpo acaba por mudar, porque os nossos hábitos mudam.
Ora falando de números e porque sei que é uma coisa que a malta gosta de saber cá vão os meus no final destes 45 dias: Perdi 2.9KG e peso agora 56.2KG (não pretendo perder mais peso, porque não gosto de me ver abaixo dos 56). Perdi também 4% de massa gorda, aumentei 3% de massa muscular. A nível de perímetros foi onde mais notei, tendo perdido 3 centímetros de anca, 5 centímetros na cintura e 7 centímetros na zona abdominal. É óbvio que não vou negar que fiquei contente com estas mudanças, mas acho que realmente só aconteceram porque eu andei tão descontraída com o whole 30, a alimentar-me e a treinar bem, sem pensar no que iria ou não perder, que o corpo acabou por reagir assim. Acho que no fundo quanto menos nos preocuparmos com uma coisa mais facilmente ela acontece.
Posto isto e apesar dos 45 dias só terminarem amanhã
Acho que o balanço é mais do que positivo, especialmente por este energia incrível que sinto em mim. Agora até às minhas férias chegarem (está quase) vou começar a fazer a reintrodução lenta de alguns alimentos que retirei e continuar a comer de forma o mais consciente possível.
Espero que vos tenha entusiasmado para começarem um Whole30, aproveitem para ver os outros artigos que já escrevi sobre o Whole 30.
Xana Nunes
Ai mulher! Quero muito fazer mas ainda não me consegui focar no que realmente interessa e estou demasiado focada naquilo que não interessa: o que vou deixar de comer. Para além disso tenho a agravante de o meu homem ser de muito alimento e estou mesmo a ver a duplicação do tempo na cozinha por termos de fazer coisas a mais para o excelentíssimo :p Vá, vou focar-me! Se calhar passa por ler um bom livro, esse detox paleo, que falas 🙂
Beijo minha grande inspiração.
vânia duarte
Xana NunesEu também divido casa com alguém de muito alimento e tudo se faz, não cozinhei a dobrar por causa dele heheheh. Acho que acima de tudo tens de encontrar a razão porque queres realmente fazer um whole 30 e perceber se é suficientemente forte para manteres esse compromisso durante 30 dias 🙂 beijo gigante miuda gira